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STF Retoma Julgamento de Ações Contra Reforma da Previdência: Entenda o Que Está em Jogo

Atualizado em 1 de dezembro de 2025
8 min de leitura
Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília

Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento que inviabiliza a revisão da vida toda

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta semana o julgamento de 13 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que contestam pontos da Reforma da Previdência de 2019. As decisões podem afetar milhões de aposentados, pensionistas e servidores públicos em todo o país.

O impacto fiscal estimado dessas ações é de R$ 497,9 bilhões, segundo o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025. A decisão do STF terá repercussões diretas sobre a estrutura previdenciária brasileira.

O Que Está em Julgamento

Os processos questionam a constitucionalidade de aspectos da Emenda Constitucional 103, que afetam tanto servidores públicos quanto trabalhadores da iniciativa privada. Entenda os principais pontos:

Contribuição de Aposentados e Pensionistas

A reforma passou a cobrar contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas do setor público que recebem acima de um salário mínimo. No setor privado, essa cobrança não existe. O STF analisa se essa diferença é constitucional.

Aposentadoria por Invalidez

Antes da reforma, a aposentadoria por invalidez era calculada com base em 100% da média salarial. Agora, o benefício corresponde a 60% da média, acrescido de 2% para cada ano de contribuição acima de 20 anos. A mudança reduziu significativamente o valor para quem se aposenta por incapacidade permanente.

Diferença de Tratamento Entre Mulheres

No INSS, as mulheres têm direito ao adicional de 2% a partir de 15 anos de contribuição. Já no regime dos servidores públicos, o adicional só começa após 20 anos — igual aos homens. O STF já formou maioria entendendo que essa diferença é inconstitucional.

Alíquota Progressiva para Servidores

Antes da reforma, todos os servidores pagavam alíquota única de 11%, independentemente do salário. Agora, a contribuição varia de 7,5% (para quem recebe até um salário mínimo) a 22% (para ganhos acima de R$ 54 mil).

O julgamento sobre esse ponto está empatado em 5 a 5. O ministro Gilmar Mendes dará o voto de desempate. Há tendência de que a progressividade seja considerada constitucional.

Quem Pode Ser Afetado

As decisões do STF terão impacto direto sobre:

  • Servidores públicos aposentados e pensionistas que pagam contribuição previdenciária
  • Segurados do INSS que se aposentaram por invalidez após novembro de 2019
  • Servidoras públicas que poderão ter direito a revisão do cálculo do benefício
  • Servidores ativos que contribuem com alíquotas progressivas

O Que Esperar do Julgamento

O STF já formou maioria em alguns pontos. O tribunal considerou inconstitucional a contribuição extraordinária de aposentados em casos de déficit atuarial e a diferença de tratamento entre mulheres servidoras e trabalhadoras do setor privado.

A decisão final dependerá dos votos dos demais ministros. Caso algum ponto seja declarado inconstitucional, os afetados poderão ter direito a:

  • Revisão do valor do benefício
  • Restituição de contribuições pagas indevidamente
  • Recálculo da aposentadoria com base nas regras anteriores

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❓ Perguntas Frequentes

O que está sendo julgado pelo STF?

O STF analisa 13 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que questionam pontos da Reforma da Previdência de 2019, como contribuição de aposentados, cálculo de aposentadoria por invalidez e diferenças de tratamento entre mulheres do setor público e privado.

Quem pode ser beneficiado por essas decisões?

Servidores públicos aposentados e pensionistas, segurados do INSS que se aposentaram por invalidez após 2019, e servidoras públicas que tiveram seu cálculo de aposentadoria afetado pelas novas regras.

Quando sai a decisão final?

O julgamento foi retomado nesta semana no STF. O prazo depende dos votos dos ministros, podendo haver pedidos de vista que adiem a conclusão.

Se o STF considerar algo inconstitucional, o que acontece?

As regras declaradas inconstitucionais deixam de valer, e os afetados podem ter direito a revisão de seus benefícios e eventual restituição de valores.

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