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Alzheimer dá direito à aposentadoria por invalidez?

Atualizado em 10 de dezembro de 2025
11 min de leitura
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Orientação sobre aposentadoria por invalidez para pacientes com Alzheimer

Uma das dúvidas mais frequentes entre familiares de pessoas diagnosticadas com Alzheimer é se a doença dá direito à aposentadoria por invalidez. A resposta é sim, pode dar direito, mas apenas quando a doença causa incapacidade total e permanente para qualquer atividade laboral. O simples diagnóstico de Alzheimer em estágio inicial não garante automaticamente o benefício — é necessário passar por avaliação médica do INSS que comprove a impossibilidade de trabalhar.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente a memória e outras funções cognitivas. Por ser uma demência progressiva, a doença se enquadra na categoria de alienação mental prevista na legislação previdenciária, o que garante isenção do período de carência para benefícios por incapacidade. Nos estágios iniciais, muitos pacientes ainda mantêm alguma autonomia, mas nos estágios moderado e grave, a incapacidade para o trabalho é evidente.

⚠️ Aviso de Sensibilidade

Este conteúdo trata de um tema delicado relacionado a doenças neurodegenerativas. As informações aqui apresentadas têm caráter estritamente informativo e não substituem orientação médica, jurídica ou de assistência social especializada.

🏥 O que é a aposentadoria por invalidez?

A aposentadoria por invalidez, oficialmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente, é um benefício previdenciário pago pelo INSS a segurados que se tornam permanentemente incapazes de exercer qualquer atividade que lhes garanta o sustento.

Diferente do auxílio-doença (que é temporário), a aposentadoria por invalidez pressupõe que a incapacidade é irreversível ou de longa duração, sem perspectiva de recuperação da capacidade laboral.

Requisitos gerais

  • Qualidade de segurado: estar contribuindo para o INSS ou estar no período de graça (até 36 meses após cessar contribuições)
  • Carência: 12 contribuições mensais ao INSS (dispensada para Alzheimer por se enquadrar em alienação mental)
  • Incapacidade total e permanente: comprovada por perícia médica do INSS
  • Impossibilidade de reabilitação: não haver possibilidade de readaptação para outra profissão

💡 Diferença importante

Auxílio-doença: incapacidade temporária para o trabalho, com previsão de recuperação.
Aposentadoria por invalidez: incapacidade total e permanente sem previsão de recuperação.

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🧠 Quando o Alzheimer dá direito à aposentadoria por invalidez?

O diagnóstico de Alzheimer, por si só, não garante automaticamente o direito à aposentadoria por invalidez. O que determina o direito é o estágio da doença, o grau de comprometimento cognitivo e a incapacidade total e permanente para qualquer atividade laboral, avaliados caso a caso pela perícia médica do INSS.

Situações em que o Alzheimer pode dar direito

  • Estágio moderado a grave com comprometimento significativo de memória e cognição
  • Desorientação temporal e espacial frequente que impede autonomia
  • Perda de habilidades para atividades diárias (vestir-se, alimentar-se, higiene)
  • Incapacidade de aprender novas tarefas ou seguir instruções
  • Alterações comportamentais graves (agitação, agressividade, vagância)
  • Perda da capacidade de julgamento e tomada de decisões
  • Necessidade de supervisão constante para segurança
  • Impossibilidade de comunicação funcional
  • Esquecimento de informações básicas (nome, endereço, familiares)

A avaliação médica do INSS considera não apenas o diagnóstico de Alzheimer, mas principalmente a capacidade cognitiva e funcional residual: se mantém orientação temporal e espacial, se consegue realizar atividades básicas sem supervisão, se mantém memória de curto prazo suficiente para tarefas simples, se há risco à própria segurança, e se há possibilidade de exercer qualquer tipo de trabalho, mesmo supervisionado.

⚠️ Atenção

Pacientes com Alzheimer em estágio inicial que ainda mantêm autonomia e capacidade cognitiva básica geralmente não conseguem aposentadoria por invalidez imediatamente. Nesses casos, o INSS pode conceder auxílio-doença temporário ou negar o benefício. Com a progressão da doença, é possível solicitar nova avaliação.

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⏱️ Isenção de carência: vantagem importante para Alzheimer

Uma das principais vantagens para pacientes diagnosticados com Alzheimer é a isenção do período de carência. Isso significa que você não precisa ter cumprido as 12 contribuições mensais obrigatórias para ter direito ao benefício.

O Alzheimer, por ser uma forma de demência, se enquadra na categoria de alienação mental, que consta na lista oficial de doenças graves que dispensam carência, conforme a Portaria Interministerial MTP/MS nº 22/2022, que alterou a lista prevista no Decreto nº 3.048/1999.

Requisitos para a dispensa de carência

Para que a carência seja dispensada, é necessário que:

  • Qualidade de segurado: você esteja contribuindo ou dentro do período de graça
  • Incapacidade após filiação: a incapacidade tenha se iniciado após a filiação ao RGPS, ou decorra de progressão/agravamento da doença após a filiação
  • Incapacidade comprovada: a perícia médica do INSS constate incapacidade total e permanente
  • Diagnóstico de demência: laudo médico caracterizando o Alzheimer como forma de alienação mental

✅ Exemplo prático

Pedro começou a trabalhar com carteira assinada e contribuiu por apenas 5 meses ao INSS. Foi diagnosticado com Alzheimer que evoluiu rapidamente para estágio moderado com desorientação e perda de autonomia. Como o Alzheimer (alienação mental) dispensa carência, Pedro pode solicitar a aposentadoria por invalidez sem precisar completar 12 meses de contribuição.

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Outras situações que dispensam carência

Além da alienação mental (que inclui Alzheimer e outras demências), também dispensam o período de carência:

  • Acidente de qualquer natureza ou causa
  • Doença do trabalho ou doença profissional (com nexo causal comprovado)
  • Outras doenças graves da lista oficial: tuberculose ativa, hanseníase, neoplasia maligna (câncer), cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, nefropatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, doença de Paget em estado avançado, AIDS, contaminação por radiação, hepatopatia grave, acidente vascular encefálico (agudo), esclerose múltipla

💬 Tem dúvidas se você se encaixa nos requisitos?

Nosso canal está aberto para esclarecer suas dúvidas sobre este benefício.

📊 Estágios do Alzheimer e capacidade laboral

O Alzheimer é classificado em 3 estágios principais conforme a gravidade dos sintomas. O estágio da doença influencia diretamente a avaliação de capacidade laboral:

Estágio Leve (Inicial) - CDR 1

  • Perda de memória recente (esquece conversas, compromissos)
  • Dificuldade para encontrar palavras
  • Desorientação ocasional em lugares não familiares
  • Dificuldade com tarefas complexas (finanças, planejamento)
  • Autonomia preservada para atividades básicas
  • Capacidade laboral: pode estar mantida para trabalhos simples
  • Aposentadoria por invalidez: geralmente negada inicialmente

Estágio Moderado - CDR 2

  • Perda de memória mais acentuada (esquece eventos recentes e informações pessoais)
  • Desorientação temporal e espacial frequente
  • Dificuldade para reconhecer pessoas familiares
  • Necessidade de auxílio para atividades diárias (vestir, banho)
  • Alterações de comportamento (agitação, ansiedade)
  • Dificuldade de comunicação
  • Capacidade laboral: severamente comprometida ou ausente
  • Aposentadoria por invalidez: mais provável de ser concedida

Estágio Grave (Avançado) - CDR 3

  • Perda severa de memória (não reconhece familiares próximos)
  • Perda da capacidade de comunicação verbal
  • Incapacidade de realizar atividades diárias (alimentação, higiene, locomoção)
  • Acamado ou restrito à cadeira de rodas
  • Incontinência urinária e fecal
  • Necessidade de cuidados em tempo integral
  • Perda de habilidades motoras básicas
  • Capacidade laboral: totalmente ausente
  • Aposentadoria por invalidez: certamente concedida + acréscimo de 25%

💡 Importante

A perícia do INSS não avalia apenas o estágio formal da doença, mas principalmente a capacidade funcional do paciente no momento da perícia. Testes cognitivos simples (Mini Exame do Estado Mental, Teste do Relógio) e avaliação de atividades diárias são realizados durante a perícia.

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📄 Documentos necessários para solicitar

Para solicitar a aposentadoria por invalidez devido ao Alzheimer, você precisará reunir documentação pessoal e, especialmente, laudos médicos detalhados que comprovem o estágio da doença e a incapacidade total para o trabalho.

Documentos pessoais

  • CPF (Cadastro de Pessoa Física)
  • RG ou CNH (documento de identificação com foto)
  • Comprovante de residência atualizado (últimos 3 meses)
  • Carteira de trabalho ou carnês de contribuição
  • Certidão de nascimento ou casamento
  • PIS/PASEP ou NIT (número de identificação do trabalhador)

Documentos médicos

Esta é a parte mais importante da documentação. Quanto mais completo e detalhado for o laudo médico, maiores as chances de aprovação:

  • Laudo neurológico ou geriátrico completo com diagnóstico de Alzheimer (CID G30 ou F00), data do diagnóstico e estágio da doença (CDR 1, 2 ou 3)
  • Relatório de evolução da doença demonstrando progressão dos sintomas cognitivos
  • Avaliação neuropsicológica com testes cognitivos (Mini Exame do Estado Mental, Teste do Relógio, MOCA, etc.)
  • Exames de imagem neurológica (Ressonância Magnética, Tomografia) mostrando atrofia cerebral
  • Relatório funcional descrevendo limitações em atividades diárias (Escala de Katz, Escala de Lawton)
  • Laudos de especialistas (neurologista, geriatra, psiquiatra)
  • Histórico de tratamento com medicamentos utilizados (inibidores de colinesterase, memantina) e resposta
  • Atestados médicos que comprovem incapacidade total e permanente para o trabalho
  • Termo de curatela (se houver interdição judicial)

💡 Dica importante

O laudo médico deve deixar claro o estágio da doença (leve, moderado ou grave / CDR 1, 2 ou 3) e as limitações funcionais específicas. Evite laudos genéricos. O ideal é que o médico descreva: o estágio (CDR), o resultado de testes cognitivos (MEEM), a perda de autonomia para atividades diárias, a necessidade de supervisão constante e a incapacidade para executar tarefas laborais devido ao comprometimento cognitivo.

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Documentos adicionais (se aplicável)

  • Procuração ou termo de curatela (para representação legal)
  • Declaração de dependentes (para acréscimo de 25% no benefício)
  • Vídeos demonstrando limitações cognitivas e funcionais (podem ser úteis)
  • Relatório de cuidador descrevendo necessidade de cuidados diários

🚀 Como solicitar a aposentadoria por invalidez

O processo de solicitação pode ser feito online pelo familiar/cuidador através do portal Meu INSS ou presencialmente em uma agência do INSS. Veja o passo a passo:

Passo a passo online (Meu INSS)

  • 1.
    Acesse o portal Meu INSS (meu.inss.gov.br) ou baixe o aplicativo
  • 2.
    Faça login com a conta Gov.br do paciente (ou crie uma conta para ele usando o CPF)
  • 3.
    No menu, clique em "Novo Pedido"
  • 4.
    Digite "aposentadoria por incapacidade permanente" na busca
  • 5.
    Selecione o serviço "Aposentadoria por Incapacidade Permanente"
  • 6.
    Preencha o formulário com informações do paciente
  • 7.
    Anexe os documentos médicos (laudos, exames, avaliações) em formato PDF
  • 8.
    Envie a solicitação e anote o número do protocolo
  • 9.
    Aguarde o agendamento da perícia médica
  • 10.
    Compareça à perícia acompanhado do paciente e de familiar/cuidador

⚠️ Atenção à perícia médica

A perícia médica é a etapa decisiva. É fundamental que o paciente compareça acompanhado de familiar ou cuidador que possa explicar as limitações diárias. Leve todos os laudos e exames originais. O perito realizará testes cognitivos simples e avaliará a capacidade funcional. Se possível, leve relatório detalhado do cuidador sobre as necessidades diárias do paciente.

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Perícia domiciliar

Se o paciente estiver impossibilitado de se deslocar até uma agência do INSS devido ao estágio avançado da doença ou alterações comportamentais graves, é possível solicitar perícia domiciliar.

Para isso, durante o agendamento, selecione a opção de perícia em domicílio e apresente atestado médico que comprove a impossibilidade de deslocamento. O INSS avaliará e, se aprovado, agendará a perícia no local indicado.

Prazo de análise

Após a perícia médica, o INSS tem até 45 dias para analisar o pedido e dar a resposta. O familiar/cuidador pode acompanhar o andamento pelo Meu INSS a qualquer momento.

💬 Tem dúvidas se você se encaixa nos requisitos?

Nosso canal está aberto para esclarecer suas dúvidas sobre este benefício.

💰 Valor do benefício: quanto vai receber?

O valor da aposentadoria por invalidez é calculado com base na média salarial de contribuição do paciente. Com a Reforma da Previdência de 2019, as regras mudaram:

Regra atual (pós-reforma 2019)

O benefício corresponde a 60% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, com acréscimo de 2% para cada ano que exceder:

  • 20 anos de contribuição (para homens)
  • 15 anos de contribuição (para mulheres)

✅ Exemplo de cálculo

Roberto tem 28 anos de contribuição e média salarial de R$ 4.500. Cálculo: 60% + (2% × 8 anos que excedem 20 anos) = 60% + 16% = 76% da média.
Valor do benefício: R$ 3.420 (76% de R$ 4.500).

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💡 Exceção importante

Se a incapacidade permanente decorrer de acidente de trabalho ou doença ocupacional (com nexo causal reconhecido formalmente por CAT, NTEP ou perícia), o valor do benefício será de 100% da média salarial, independentemente do tempo de contribuição. Isso é raro para Alzheimer, mas pode ocorrer em casos de demência relacionada ao trabalho (traumatismo craniano ocupacional, exposição a toxinas).

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Acréscimo de 25%

Se o paciente necessitar de assistência permanente de outra pessoa (cuidador), pode ter direito ao acréscimo de 25% no valor do benefício. Esse acréscimo é avaliado pela perícia médica do INSS.

Para Alzheimer, o acréscimo de 25% é muito comum, especialmente em estágios moderado e grave:

  • Necessidade de supervisão constante por risco de vagância
  • Necessidade de auxílio para alimentação
  • Necessidade de auxílio para higiene pessoal
  • Incapacidade de locomoção independente
  • Necessidade de cuidados para prevenção de acidentes domésticos
  • Desorientação grave que exige vigilância

Valor mínimo e máximo

  • Valor mínimo: 1 salário mínimo (R$ 1.412 em 2024)
  • Valor máximo: teto do INSS (R$ 7.786,02 em 2024)
  • Com acréscimo de 25%: até R$ 9.732,53 em 2024

Mesmo que o cálculo resulte em valor inferior, o benefício nunca será menor que 1 salário mínimo.

Revisão do benefício

O INSS pode convocar para perícias médicas periódicas de revisão. Como o Alzheimer é progressivo e irreversível, dificilmente o benefício será cessado. Porém, se o paciente piorar, pode-se solicitar revisão para acréscimo do adicional de 25%.

🔁 E se o pedido for negado?

Pedidos de aposentadoria por invalidez devido ao Alzheimer podem ser negados quando o INSS considera que o paciente ainda está em estágio inicial com alguma capacidade funcional preservada.

Se o pedido for negado, não desista. Existem várias formas de reverter a decisão:

1. Recurso administrativo

Você tem 30 dias após a negativa para apresentar recurso administrativo ao INSS. O recurso pode ser feito pelo Meu INSS:

  • 1.
    Acesse o Meu INSS
  • 2.
    Vá em "Pedidos" e localize o protocolo
  • 3.
    Clique em "Recurso"
  • 4.
    Anexe novos laudos médicos, avaliações ou relatórios mais detalhados
  • 5.
    Justifique por que discorda da decisão do perito
  • 6.
    Envie o recurso

💡 Dica para o recurso

Reforce a documentação médica com ênfase no estágio da doença e nas limitações funcionais. Se possível, obtenha avaliação neuropsicológica completa demonstrando o déficit cognitivo, relatório funcional detalhado e, se a doença progrediu, novos exames de imagem mostrando piora da atrofia cerebral.

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2. Solicitação de nova perícia

Se o recurso administrativo também for negado, você pode solicitar uma nova perícia apresentando laudos médicos atualizados, especialmente se a doença progrediu desde a primeira avaliação (o que é esperado no Alzheimer).

3. Ação judicial

Se o INSS negar definitivamente, a alternativa é entrar com ação judicial. Nesse caso, um perito independente (nomeado pelo juiz) fará nova avaliação. Muitas decisões do INSS sobre Alzheimer são revertidas na Justiça.

Para ações judiciais até 60 salários mínimos, você pode recorrer ao Juizado Especial Federal (JEF) sem necessidade de advogado. Para valores maiores, é recomendável contratar um advogado especializado em Direito Previdenciário.

Para entender melhor como funciona o processo de recurso e ação judicial, confira nosso guia completo: Aposentadoria Negada pelo INSS: Como Recorrer e Reverter a Decisão.

⚠️ Atenção aos prazos

Não deixe os prazos passarem! O recurso administrativo tem prazo de 30 dias. Se perder esse prazo, terá que fazer um novo pedido desde o início, e o pagamento retroativo contará apenas da nova data de solicitação.

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💡 Importante para familiares

Pacientes com Alzheimer devem continuar o acompanhamento médico e os cuidados adequados mesmo recebendo benefício. Embora não haja cura, o tratamento adequado (medicamentos, estimulação cognitiva, cuidados especializados) pode retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida, independentemente da questão previdenciária.

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❓ Perguntas Frequentes

Todo tipo de Alzheimer dá direito à aposentadoria por invalidez?

Não. O direito depende do estágio da doença e da incapacidade total e permanente para o trabalho. Alzheimer em estágio inicial (leve) geralmente não dá direito se ainda houver capacidade laboral. Estágios moderado e grave têm mais chances de aprovação.

Alzheimer inicial dá direito ao benefício?

Geralmente não. No estágio inicial, o paciente ainda mantém autonomia para atividades básicas e pode trabalhar com supervisão. Porém, cada caso é avaliado individualmente pela perícia do INSS.

Preciso ter contribuído ao INSS?

Você precisa ter qualidade de segurado. Em regra, são necessárias 12 contribuições mensais (carência). No entanto, o Alzheimer se enquadra na categoria de alienação mental, que consta na lista oficial de doenças graves que dispensam carência (Portaria Interministerial MTP/MS nº 22/2022), desde que você tenha qualidade de segurado e que a incapacidade tenha se iniciado após a filiação ao RGPS (ou por agravamento após a filiação).

Posso trabalhar recebendo aposentadoria por invalidez?

Não. A aposentadoria por invalidez exige incapacidade total para o trabalho. Se retomar atividade laboral, o benefício pode ser suspenso ou cancelado.

Quanto tempo após o diagnóstico posso solicitar?

Você pode solicitar quando a doença causar incapacidade total e permanente. Não há prazo mínimo após o diagnóstico. É importante ter laudos médicos atualizados que demonstrem o estágio da doença e as limitações funcionais.

O benefício é vitalício?

Sim, geralmente é vitalício pois Alzheimer é progressivo e irreversível. Porém, o INSS pode realizar perícias de revisão. Dificilmente há recuperação, mas reavaliações podem ocorrer.

Posso receber acréscimo de 25% no benefício?

Sim, é muito comum em casos de Alzheimer moderado a grave. Se o paciente necessitar de assistência permanente de cuidador, tem direito ao acréscimo de 25% no valor do benefício. Isso é avaliado pela perícia médica.

É necessário ter curatela para solicitar?

Não é obrigatório, mas é recomendável para estágios moderado e grave. A curatela facilita a representação legal do paciente. Porém, é possível solicitar o benefício apenas com procuração ou representação de familiar.

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📚 Fontes Oficiais e Referencias Legais

Este artigo foi baseado exclusivamente em fontes oficiais do governo brasileiro. Confira abaixo as referências utilizadas para garantir a veracidade das informações.

Importante: Sempre consulte as fontes oficiais mais recentes, pois as normas podem ser atualizadas. Este conteúdo tem caráter educativo e não substitui orientação jurídica especializada.

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